Daniel Mattos – Capítulo 4 – O homem do King

“Bem-vindo à Maringá”, dizia a placa de boas vindas. 014 imaginava que se poderia acrescentar na placa: “paraíso da máfia”, se levasse em consideração as informações que F. lhe dera sobre o submundo maringaense. Segundo F., os caras em Maringá agiam melhor, mas a encoberto.

A única denominação que 014 poderia usar para se referir às pessoas que agiam assim era chamá-los de caras, como F. tinha deixado bem claro.

O ônibus entrava na rodoviária, rodando lentamente. Daniel sentia agora mais do que nunca o batimento cardíaco na boca. Olhava para a plataforma de desembarque em uma mistura de curiosidade e receio, embora sem saber do que recear. Seria tudo tranquilo como F. e o pessoal assegurava? Os caras realmente nunca imaginariam que um garoto estava na pista deles. Poderiam sim, pensar que a Abin já estava por dentro, mas não que mandariam um garoto.

A porta do ônibus abriu e as pessoas começaram a descer. Daniel desceu no meio do bolo. Assim que pisou na plataforma avistou um homem alto, usando terno cinza-escuro, com um lenço azul na mão. Era o sinal combinado. 014 dirigiu-se à ele:

“Olá.”

“Oi.” - o sujeito respondeu secamente.

“014. Como vai?” - Daniel se apresentou. A atitude do homem mudou na hora:

“Ah! Tudo bem, 014? Me disseram que era um garoto, mas eu não poderia adivinhar como era.”

“Tudo bem. Como eu devo chamá-lo?”

“Olhe, pelo número não fica bem nem eu chamar você, mas pelo próprio nome também...”

“Entendi. Como são os nomes?”

“O seu é Daniel. Daniel Mattos.”

“Mas disse...”

“É, não sei seu nome real, mas pra mim disseram que era pra te chamar de Daniel Mattos.”

Daniel entendeu o estratagema; disseram seu nome verdadeiro para o agente, mas o homem não sabia que era o verdadeiro. Era de fato uma boa estratégia, já que eles suporiam que ele não usaria seu verdadeiro nome.

“E você?”

“Sou Rubens. Rubens só. A propósito, como você veio pra cá para participar de um campeonato de natação, sou o responsável por você aqui e seu treinador. Correto?”

“Perfeito.”

“Vai gostar de Maringá, Daniel, apesar de não estar fazendo turismo.”

“Sei. E o hotel?”

“Ah, sim. Vamos lá”

Saíram para o pátio externo da rodoviária.

“Táxi?”

“Seria o mais natural pra quem está aqui só de passagem por algumas semanas.”

Rubens fez sinal para um táxi estacionado perto, e o veículo se aproximou:

“Hotel King Palace, na Avenida Paraná.” - Rubens deu o enderço.

Durante o trajeto não falaram nada que não fossem os comentários usuais de quem vem de outra cidade, como a arborização, o clima variado da cidade, etc.

O táxi estacionou diante de um edifício de dois andares, mas grandes proporções térreas, aonde se lia na fachada externa: “King Palace Hotel”. Logo de cara já se notava que era um cinco estrelas, pelo luxo ostensivo até no exterior.

Desceram. Rubens pagou ao motorista, e eles se dirigiram para a recepção:

“Dois quartos com vista para a avenida.”

“Lamento, senhor, mas só temos um disponível nessa situação.”

“Tudo bem.” - Daniel se precipitou - “Eu fico com outro, professor.” - Disse se dirigindo à Rubens.

“Está certo, campeão.” - Rubens sorriu.

Já no corredor com as chaves, Rubens alertou:

“Eles preferiam que você ficasse com vista para a avenida, por questões estratégicas.”

“Tudo bem, se você quiser, nós trocamos.”

Feita a troca das chaves, cada um foi explorar seu quarto.

Logo à entrada Daniel se impressionou; as proporções eram enormes para só uma cama de solteiro. Notou que a suíte tinha banheira e que o frigobar ficava colocado junto à entrada, aonde tinha uma sala pequena, como uma recepção, mas bem mais cofortável. Foi até a janela e observou a calçada: um Punto vermelho estacionou nesse momento e um homem vestido esporte, mas com elegância, saiu do veículo e se dirigiu ao hotel. Devia ter em torno de uns vinte anos, compleição física avantajada, daria a impressão de um executivo, se não fosse sua pouca idade.

Três batidas breves e uma espaçada na porta. Era Rubens. Daniel foi abrir:

“Então?”

“Olhe pela janela.”

“Que é que tem? Acabei de fazer isso.”

“E viu um Punto vermelho?”

“Vi.”

“E quem saiu dele?”

“Sim. Por quê?”

“É o seu homem.”

“O.K., vou ficar de olho.”

Continua...

2 comentários:

Anônimo disse...

SEU IDIOTA, VOCÊ ME TRAIU PARA NAMORAR COM VARIAS NE, EU TO AMIGA DA SUA ES TAMBEM, A CAROLINE. QUE ENGRAÇADO, VOCE ME TRAIU, TRAIU A CAROLINE, E AGORA TA NAMORANDO COM UMA LOIRA QUE ESTUDA COM UMA AMIGA MINHA. E AINDA TENTOU TRAIR ELA, E PEDIU PRA FICAR COM UMA MENINA QUE TE REJEITOU.
EU TE ODEIO, TOMARA QUE VOCE FIQUE SEM NINGUEM!

E OLHA QUE EU CONFIEI EM VOCE, SEU IDIOTA. VOCE QUE NAO VALE A PENA, NAO VALE NADA! SEU PROBLEMATICO!

Anônimo disse...

VAI ASSISTIR TV JA QUE VOCÊ NAO RESPEITA SUA IGREJA

NAMORA VARIAS, E AS TRAEM

E CONTA MENTIRAS, E OLHA QUE DESCOBRI VARIAS MENTIRAS SUAS, POIS TENHO QUEM TE VIGIE. MAIS NAO QUERO MAIS SABER DE VOCE, PODE FICAR AI COM SUAS NAMORADINHAS

E ATUALMENTE VOCE NAMORA UMA TAPADA VIU. TADINHA DA CAROLINE, NAO ACREDITO QUE VC TRAIU ELA COM ESSE TRASTE PREFIRIA QUE VOCEE TIVESSE FICADO COM A CAROL, E TIVESSE ME CONTADO A VERDADE. E NAO ACREDITO QUE VOCE ME TRAIU COM A CAROLINE. CONTINUA COM ISSO, QUE VAI ACABA SOLITARIO